O valor total das 50 marcas mais valiosas do Brasil aumentou 9%, de R$ 235,6 bilhões em 2020 para R$ 257,9 bilhões em 2021, de acordo com o último relatório Brand Finance Brasil 50 2021.
Apesar de ser uma das nações mais atingidas durante a pandemia COVID-19, as marcas brasileiras mostraram notável resiliência aos desafios do ano e meio anterior. As 50 principais marcas do Brasil registraram um aumento de 9% no valor da marca, mostrando sua força. Mais uma vez, as marcas bancárias dominam, com as 11 marcas apresentadas no ranking respondendo por impressionantes 42% do valor total da marca.
Eduardo Chaves, Diretor Gerente, Brand Finance Brasil
Setor bancário domina
No total, 11 marcas bancárias figuram no ranking Brand Finance Brasil 50 2021 e respondem por 42% do valor total da marca no ranking. As marcas de bancos também ocupam quatro das cinco primeiras posições do ranking, com o Itaú (alta de 4%, para R$ 28,3 bilhões) em primeiro; Banco do Brasil (alta de 24% para R$ 22,6 bilhões) em segundo lugar; Caixa (alta de 15% para R$ 22,1 bilhões) em terceiro; e Bradesco (queda de 18% para R$ 21,9 bilhões) em quarto lugar.
O Itaú se mantém como a marca mais valiosa do Brasil, após um aumento de 4% no valor da marca para R$ 28,3 bilhões. O Itaú, que atende 56 milhões de clientes de varejo no Brasil, é a maior instituição financeira da América Latina e também possui uma forte presença na América do Norte e em partes da Europa.
Após um expressivo aumento de 24% no valor da marca, o Banco do Brasil subiu duas posições no ranking este ano para ocupar a 2ª posição, ultrapassando Caixa e Bradesco.
O Pagseguro Digital (PagBank) é a nova marca bancária mais alta do ranking neste ano, entrando na 20ª posição com um valor de marca de R$ 2,9 bilhões.
Natura entra no top 10
A Natura entrou no top 10 deste ano, passando do 11º para o 8º lugar, após um impressionante aumento de 67% no valor da marca para R$ 9,3 bilhões. Esse impressionante crescimento do valor da marca significa que a Natura é a segunda marca que mais cresce no ranking Brand Finance Brasil 50 2021.
A marca foi amplamente capaz de se proteger do impacto negativo da pandemia devido ao risco diversificado de suas operações de negócios, que abrangem uma ampla variedade de produtos de banho, fragrância, corpo e maquiagem.
Além disso, a marca é sustentada pelo sucesso de sua controladora Natura & Co - dona da Aesop, The Body Shop e Avon - que pontua bem em medidas de marca corporativa, incluindo governança, sustentabilidade e apelo dos funcionários.
De acordo com a pesquisa Global Brand Equity Monitor da Brand Finance, a Natura é vista como uma marca extremamente forte no Brasil e na América do Sul e, embora a marca seja menos conhecida fora da região, sua proposta permanece favorecida internacionalmente graças ao aumento da popularidade das marcas naturais.
Suzano sobe 184%
A Suzano é a marca que mais cresce no ranking Brand Finance Brasil 50 2021, após um aumento impressionante de 184% no valor da marca, para R $ 2,9 bilhões. O maior produtor mundial de celulose de eucalipto concluiu sua fusão com a Fibria em janeiro de 2019 e as receitas da marca foram beneficiadas como resultado. Além disso, fortes volumes de vendas, taxas de câmbio favoráveis para as exportações e um custo de produção resiliente também permitiram que a marca registrasse resultados financeiros extremamente fortes em 2020.
A Suzano se orgulha de suas iniciativas de RSE e continua se esforçando para cumprir seus objetivos de longo prazo - que se propôs alcançar até 2030 - com foco em mudanças climáticas, redução da pobreza, sustentabilidade e diversidade e inclusão.
Renner é a marca mais forte do país
Além de medir o valor geral da marca, a Brand Finance também avalia a força relativa das marcas, com base em fatores como investimento em marketing, familiaridade com o cliente, satisfação da equipe e reputação corporativa. De acordo com esses critérios, Renner (queda de 22% para 2,3 bilhões de reais) é a marca mais forte do Brasil, com uma pontuação de 89,1 em 100 do Índice de Força da Marca (BSI) e uma classificação de força de marca AAA correspondente.
A Renner está comprometida com a moda responsável e garante a adesão às suas diretrizes de sustentabilidade, ao mesmo tempo em que trabalha em direção ao objetivo de 'moda com responsabilidade'. A Renner está levando seu compromisso com a RSE um nível mais alto, tendo recentemente anunciado que assinou um acordo com a Enel para comprar um parque eólico de energia.
Antes de a pandemia atingir, o varejista apresentava resultados financeiros sólidos, com saltos impressionantes nos lucros. No entanto, desde que a pandemia COVID-19 se espalhou, o varejista - assim como outros em todo o mundo - viu suas vendas sofrerem um golpe, com a marca sendo forçada a fechar 600 lojas.
A marca deu grandes passos para melhorar sua presença online, incluindo investimentos em canais digitais para melhorar a experiência do cliente, implementação de vendas por meio do WhatsApp, bem como oferta de compras com entrega direta. Esse esforço levou a um aumento nas vendas online; no entanto, isso não foi suficiente para compensar a perda com o fechamento de lojas e, com isso, a receita e o valor da marca sofreram, que caiu 22% neste ano, para R$ 2,3 bilhões.